Originário da Índia, o cártamo (Chartamus tictorius) é uma espécie vegetal tão antiga quanto a própria humanidade e, não à toa, sua história acompanha a evolução dos homens. No passado, por exemplo, seu extrato era utilizado como corante de tecidos e de alimentos. Com o passar do tempo, este uso perdeu espaço e, só então, seu verdadeiro potencial foi descoberto; hoje, graças às suas propriedades nutricionais, o cártamo é peça chave na alimentação.
A ciência, evidentemente, foi a grande responsável por elevar a tal posto esta espécie tão comum que, a propósito, tem parentesco com o girassol (Helianthus annuus), a margarida (Chrysanthemum frutescens) e o açafrão (Curcuma longa). “Com o avanço dos estudos sobre as propriedades funcionais dos alimentos, os benefícios do cártamo foram encontrados, o que impulsionou a extração do óleo comestível”, explica a nutricionista Mariana Exel, do Hospital Samaritano, de São Paulo.
Aposte no óleo in natura
Retirado das sementes, o alimento é mesmo uma ótima pedida para quem busca saúde, já que proporciona incontáveis benefícios. Por conta disso, recentemente, o consumo de cápsulas à base deste óleo foi popularizado como maneira de suplementar a alimentação. O que pouca gente sabe é que, quando consumido in natura, o óleo de cártamo pode oferecer ainda mais vantagens, já que nestes casos sua composição sofre menos variações que nas versões encapsuladas. Além disso, utilizada para temperar saladas ou mesmo em substituição ao azeite de oliva e ao óleo de soja na preparação de pratos, a versão in natura tem tudo para agradar ao paladar de quem não abre mão do sabor. Que tal, então, descobrir alguns bons motivos para investir nesta deliciosa opção?
Retirado das sementes, o alimento é mesmo uma ótima pedida para quem busca saúde, já que proporciona incontáveis benefícios. Por conta disso, recentemente, o consumo de cápsulas à base deste óleo foi popularizado como maneira de suplementar a alimentação. O que pouca gente sabe é que, quando consumido in natura, o óleo de cártamo pode oferecer ainda mais vantagens, já que nestes casos sua composição sofre menos variações que nas versões encapsuladas. Além disso, utilizada para temperar saladas ou mesmo em substituição ao azeite de oliva e ao óleo de soja na preparação de pratos, a versão in natura tem tudo para agradar ao paladar de quem não abre mão do sabor. Que tal, então, descobrir alguns bons motivos para investir nesta deliciosa opção?
Alvo certo
Flor de cártamo
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O grande trunfo do óleo é a presença de ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados em sua composição. Quase todos os efeitos benéficos que desempenha estão relacionados a essas “gorduras do bem” e, mais precisamente, aos ácidos oleico (ômega-9) e linoleico (ômega-6), que se tornaram famosos graças ao importante papel que desempenham no organismo, como reduzir as taxas de colesterol, de glicose e prevenir a hipertensão, por exemplo.
Porém, há um diferencial: cerca de 60% do ômega-6 presente neste óleo encontra-se na forma conjugada (conhecida como CLA), o que lhe confere propriedade termogênica. “Este possível efeito associado ao ácido linoleico conjugado está relacionado à expressão gênica das proteínas desacopladoras que, por sua vez, consomem estoques de energia e liberam calor”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez Duarte, da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Em outras palavras, por conta do CLA, o consumo regular do alimento melhora o metabolismo de gorduras, auxiliando no processo de emagrecimento.
Quando consumido in natura, o óleo de cártamo oferece ainda mais vantagens do que as cápsulas de suplementação
Dicas de consumo
Fonte: Mariana Exel, nutricionista do Hospital Samaritano, de São Paulo
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Amigo do peito
Pesquisas realizadas ao redor do mundo apontam que a ingestão do óleo de cártamo pode reduzir os níveis de triglicerídeos e de colesterol ruim (LDL), bem como aumentar a taxa de oxidação lipídica. Isso significa que o alimento é capaz de dar aquela força ao sistema cardiovascular e, de quebra, diminuir os depósitos adiposos (ou seja, de gorduras) no organismo. “Os principais benefícios do óleo estão relacionados à diminuição da síntese e estocagem de gordura e ao aumento do catabolismo de ácidos graxos, o que pode contribuir para a redução dos percentuais de gordura corporal”, reforça a nutricionista Franciele Lenz, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
Pesquisas realizadas ao redor do mundo apontam que a ingestão do óleo de cártamo pode reduzir os níveis de triglicerídeos e de colesterol ruim (LDL), bem como aumentar a taxa de oxidação lipídica. Isso significa que o alimento é capaz de dar aquela força ao sistema cardiovascular e, de quebra, diminuir os depósitos adiposos (ou seja, de gorduras) no organismo. “Os principais benefícios do óleo estão relacionados à diminuição da síntese e estocagem de gordura e ao aumento do catabolismo de ácidos graxos, o que pode contribuir para a redução dos percentuais de gordura corporal”, reforça a nutricionista Franciele Lenz, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
Este efeito também foi analisado e atestado por cientistas da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. Segundo eles, o consumo diário de duas colheres das de sopa do óleo ajuda a minimizar os índices de gordura abdominal, principalmente em mulheres. Isso acontece porque o óleo de cártamo aumenta a produção do hormônio adiponectina (as mulheres têm níveis superiores deste hormônio em comparação aos homens), substância capaz de estimular o organismo a utilizar a gordura localizada como principal fonte de energia.
Concentração total Em cada colher (sopa) de óleo de cártamo, você encontra... | |
Gorduras totais | 71,1 g |
Valor energético | 64,8 kcal |
Gorduras poli-insaturadas (ômega-6) | 5,6 g |
Gorduras monoinsaturadas (ômega-9) | 1,1 g |
Gorduras saturadas | 0,38 g |
Fonte: Franciele Lenz, nutricionista da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP)
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Mitos e verdades
Embora os ácidos graxos tenham destaque na composição do óleo de cártamo, há ainda outros nutrientes importantes que merecem atenção; a presença de vitamina E e de flavonoides garante a ação antioxidante do alimento que, quando consumido com regularidade, protege as células do corpo e inibe a proliferação dos radicais livres, o que retarda o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças crônicas.
Embora os ácidos graxos tenham destaque na composição do óleo de cártamo, há ainda outros nutrientes importantes que merecem atenção; a presença de vitamina E e de flavonoides garante a ação antioxidante do alimento que, quando consumido com regularidade, protege as células do corpo e inibe a proliferação dos radicais livres, o que retarda o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças crônicas.
Entretanto, é bom respeitar a indicação de consumo diário (de 1 a 2 colheres das de sopa), já que doses excessivas de ômega-6 podem causar problemas como “aumento da resistência à insulina, da taxa de glicose e redução dos níveis do bom colesterol (HDL), predispondo a doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes”, alerta Franciele Lenz. Tomada esta precaução, pode-se tirar o máximo de proveito da presença deste ácido graxo, que também tem sido relacionado a outros benefícios, como prevenção de doenças neurológicas e do sistema nervoso e blindagem do sistema imunológico.