Powered By Blogger

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O destino do lixo reciclável Cada tipo de material requer um processo diferente de reciclagem. Confira!


Você sabe para onde vai o lixo reciclado? Algumas cidades possuem caminhões que só recolhem material para este fim. Isso poupa o seu trabalho e, de quebra, dá um destino adequado aos entulhos. Caso o seu município não tenha esse tipo de coleta, vale pesquisar sobre os Pontos de Entrega Voluntária (PEV). Em São Paulo, por exemplo, há 41 ecopontos espalhados pela cidade. E esse número só tende a crescer. Segundo o diretor de coleta seletiva da Prefeitura, Valdecir Papazissis, a meta é instalar os pontos em todos os distritos da capital até o fim de 2012.

A cidade possui ainda quase 4 mil PEVs em supermercados, farmácias, bancos e outros estabelecimentos. Mas atenção: antes de descartar os materiais nesses locais ou entregá-los aos caminhões específicos, é importante que você já tenha feito a triagem em casa, separando os lixos de acordo com os tipos: alumínio, plástico, vidro, lixo orgânico, remédios e outros. De lá, eles serão levados a depósitos específicos para que recebam tratamentos corretos.

Plástico
O material é separado de acordo com a cor e o tipo e, em seguida, é moído e triturado. Depois, ele é encaminhado à própria indústria do setor, que o reutiliza. Geralmente, essas empresas pagam um preço relativamente bom pelo plástico reciclado, o que barateia os custos.
Essa prática reflete no bolso dos consumidores, que passam a pagar mais barato por determinados produtos. “O plástico reciclado pode ser utilizado, por exemplo, para fazer embalagens e garrafas de refrigerante”, explica o ecologista e consultor das Organizações das Nações Unidas (ONU) Sabetai Calderoni.

Só em São Paulo há 41 ecopontos espalhados pela cidade prontos para receber os entulhos e destiná-los à reciclagem

Remédios
Os itens devem ser levados a postos de saúde ou farmácias, que possuem caixas específicas de coleta seletiva. De lá, materiais como algodão, gaze, seringas e agulhas são encaminhados a uma usina de tratamento, onde são primeiramente descontaminados e, em seguida, conduzidos a aterros. Remédios vencidos são incinerados em usinas preparadas para realizar esse tipo de procedimento. Vale um alerta: se esses materiais forem jogados no lixo, podem contaminar o solo e a água.

Eletrônicos
Em média, os brasileiros trocam de computador a cada três anos. As televisões de tubo estão sendo substituídas rapidamente por modelos em LCD. Já os antigos videocassetes foram esquecidos em algum lugar da garagem. O que ninguém sabe é que todos esses eletrônicos podem e devem ser reciclados. Em dezembro do ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto da Política de Resíduos Sólidos que incentiva o consumidor a levar os aparelhos antigos nas lojas onde comprou e, então, o lojista será responsável por encaminhá-los ao fabricante, que por sua vez irá desmontá-los. As peças plásticas e de metal, por exemplo, serão recicladas e reaproveitadas.

 Alumínio 
Esse é, sem dúvida, o material mais reciclado no Brasil. Estima-se que 96% das latinhas são reaproveitadas pela própria indústria de refrigerantes ou cervejas. O processo é bastante simples: o item é levado a uma usina de reciclagem onde é derretido e, posteriormente, transformado em lingotes (massas de metal). Essas peças voltam para a indústria e viram novas latinhas. E não é só isso. O alumínio reaproveitado serve para fazer esquadrias, portas, janelas ou peças automotivas. “O melhor de tudo é que o material pode ser reciclado infinitamente, e isso é bom tanto para a indústria como para a natureza”, conta o engenheiro Robson Romão, especialista em tecnologias de reciclagem.

Separe o lixo em casa
Coloque quatro lixeiras de cores diferentes em algum canto da casa. Por exemplo: azul (papel), vermelha (plástico), amarela (metal) e verde (vidro). Isso pode servir como estímulo para que todos os moradores da residência colaborem. Quando as latas estiverem cheias, é hora de descartar os itens em lugares apropriados. Vale uma ressalva: garrafas de plástico, vidros, alumínios e latas de óleos devem ser lavados antes de serem descartados, para que não fiquem restos de líquido ou comida dentro. Além disso, materiais como latas rasgadas, vidros quebrados e outros devem ser acondicionados de forma a não ferir quem for manusear o material no centro de reciclagem.

Pilhas
Uma simples pilha demora até 450 anos para se decompor na natureza. Por isso, é mais do que necessário reciclar. Depois de passar por uma triagem, esse material é encaminhado a um laboratório que mói e separa os compostos para a reciclagem. Elementos como mercúrio, zinco e magnésio são purificados por meio de processos químicos, enquanto o níquel volta para a indústria para ser utilizado na fabricação de peças, e o cádmio na confecção de novas pilhas.

Restos de construção
Eles podem ser depositados em caçambas e, assim, levados a uma usina de reciclagem. Lá, o material é separado de acordo com o tipo. É possível obter sobras de madeira, plástico, placas de ferro, vigas de aço, entre outras coisas. “Algumas Prefeituras reutilizam a madeira para a construção de novos pontos de ônibus ou mesmo bancos de praças”, explica Sabetai Calderoni. Os metais voltam para sua própria cadeia produtiva. Já o concreto é triturado e aplicado na fabricação de postes, blocos e tijolos.

Você sabia? 
Muita gente ainda não tem o hábito de reciclar. E é por isso que todos os dias são encontrados lixos e móveis velhos em córregos, piscinões ou largados na rua. Essa atitude piora a qualidade de vida da população e prejudica, ainda mais, o meio ambiente.