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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vai dar sopa


Durante o inverno, nosso organismo precisa de muita energia para manter o corpo aquecido. Nessa época do ano, caldos e cremes são uma ótima sugestão para esquentar o clima

por Camila Bichuetti/ produção Janaína Resende

Fotos: Marcelo Resende

Creme de queijo
Rendimento: 5 porções
Tempo de preparo: 30 minutos
Ingredientes
 1 litro de leite
 1 col. (sopa) de manteiga
 3 col. (sopa) de vinagre
 100 g de mozarela
 2 col. (sopa) de requeijão cremoso
 Sal a gosto
Modo de preparo
1. Ferva o leite e separe 1 copo (americano). Reserve.
2. Acrescente o vinagre no restante do leite fervido e deixe talhar.
3. Depois, coe em um pano, para separar a massa do soro.
4. Coloque essa massa no liquidificador, juntamente com a manteiga, os queijos e o sal.
5. Com o liquidificador ligado na potência baixa, vá adicionando o leite reservado para incorporar e engrossar o creme. Sirva em seguida.


Fotos: Marcelo Resende
Caldo de feijão-preto com cebolinha
Rendimento: 6 porções
Tempo de preparo: 40 minutos
Ingredientes
 2 xícaras (chá) de feijão-preto
 6 xícaras (chá) de água
 1 calabresa
 1 tablete de caldo de bacon
 1 cebola picada
 Óleo para fritar
 Cebolinha picada a gosto
 Sal e pimenta calabresa a gosto
Modo de preparo
1. Coque o feijão já lavado na panela de pressão e acrescente 6 xícaras (chá) de água. Deixe cozinhar por 20 minutos na pressão.
2. Pique a calabresa em pedaços bem pequenos e coloque em uma panela com um pouquinho de óleo. Deixe fritar até dourar por completo.
3. Acrescente a cebola e frite-a até que fique bem macia.
4. Bata no liquidificador o feijão até virar um caldo. Coloque na panela por cima da calabresa.
5. Adicione o caldo de bacon e mexa bem para misturar e o tablete derreter. Coloque sal e pimenta calabresa a gosto.
6. Deixe cozinhando por cerca de 15 minutos ou até o caldo ficar grosso.
7. Salpique a cebolinha picada por cima do caldo e sirva.



Fotos: Marcelo Resende

Caldo de abóbora com quinoa
Rendimento: 3 porções
Tempo de preparo: 40 minutos

Ingredientes
 600 g de abóbora cabotiá cortada em quadrados, com casca
 1/2 xícara (chá) de quinoa em grãos
■ 1 col. (sobrem.) de azeite de oliva
 cebola
 2 col. (sopa) de salsinha desidratada
 1,5 litro de água quente
 Sal a gosto
Modo de preparo
1. Refogue a cebola no azeite de oliva até ficar transparente.
2. Adicione a abóbora e mexa
3. Depois, acrescente a água e os grãos de quinoa.
4. Mantenha no fogo baixo até que fiquem cozidos.
5. Desligue o fogo e espere a sopa esfriar.
6. Bata tudo no liquidificador até virar um creme.
7. Por fim, acrescente a salsinha desidratada e acerte a quantidade de sal.
8. Sirva logo em seguida.


Creme de tomate com manjericão
Rendimento: 8 porções
Tempo de preparo: 55 minutos

Ingredientes
 4 col. (sopa) ou 60 g de manteiga
 1/4 de xícara (chá) de azeite de oliva
 1 e 1/2 xícara (chá) de cebola picada
 1,5 kg de tomate sem semente, sem pele e cortado em quatro pedaços
 1/2 xícara (chá) de folhas de manjericão fresco picadas
 Sal e pimenta-do-reino a gosto
 1 litro de caldo de galinha
 1 xícara (chá) de creme de leite
 8 ramos de manjericão para enfeitar
Modo de preparo
1. Numa panela grande, derreta a manteiga com o azeite em fogo médio.
2. Acrescente a cebola e refogue-a até ficar macia e dourada.
3. Junte os tomates e o manjericão fresco picado. Mexa.
4. Tempere com sal e pimenta.
5. Adicione o caldo de galinha.
6. Abaixe o fogo e deixe a sopa cozinhar por mais 15 minutos.
7. Se preferir, bata-a no liquidificador até ficar cremosa. Ou então deixe-a com os pedacinhos de tomate.
8. Coloque a sopa de volta na panela e deixe até ferver.
9. Abaixe o fogo e, aos poucos, vá adicionando o creme de leite e misturando-o na sopa.
10. Enfeite com os ramos de manjericão e, se quiser, coloque queijo parmesão light ralado.
Fotos: Marcelo Resende
Sopa de mandioquinha com carne moída
Rendimento: 4 porções
Tempo de preparo: 35 minutos

Ingredientes
 500 g de mandioquinha
 500 g de carne bovina magra moída (patinho)
1 e 1/2 litro de caldo de galinha
■ 30 g de queijo parmesão ralado
■ 2 col. (sopa) de cebola bem picadinha
 1 col. (café) de alho bem picado
■ Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
 Salsinha picada
 Azeite de oliva
Modo de preparo
1. Cozinhe a mandioquinha com o caldo de galinha. Escorra e reserve.
2. Refogue a carne moída com o azeite e 1 colher (sopa) de cebola.
3. Em outra panela, refogue o restante de cebola e o alho no azeite. Junte a mandioquinha já cozida.
4. Leve a mistura ao liquidificador com um pouco do caldo reservado e bata.
5. Volte tudo para a panela, junte o restante do caldo, o queijo e a carne moída. Salpique a salsinha e sirva.


Fotos: Marcelo Resende
Creme de ervilha e cebola
Rendimento: 6 porções
Tempo de preparo: 50 minutos

Ingredientes
 500 g de ervilha congelada
 1 e 1/2 xícara (chá) de cebola picada
 3 col. (sopa) de manteiga
 400 g de batata cortada em cubos
 1 col. (chá) de sal
 1,7 litro de caldo de legumes
 1 col. (sopa) de salsinha picada
 200 ml de creme de leite
Modo de preparo
1. Refogue a cebola na manteiga até que ela murche.
2. Junte a batata e o sal e cozinhe até que ela comece a soltar água.
3. Adicione o caldo de legumes e cozinhe com a panela semitampada até a batata ficar macia.
4. Retire do fogo.
5. Junte a salsinha e a ervilha.
6. Mexa e deixe esfriar um pouco.
7. Bata tudo no liquidificador e passe por uma peneira.
8. Coloque na panela e leve novamente ao fogo.
9. Acrescente o creme de leite e quando começar a levantar fervura, desligue o fogo.
10. Verifique o sal e sirva em seguida.

Em boa companhia
Se a sopa for magrinha, não tem problema acrescentar um pãozinho ou torradas. Oscroûtons integrais são uma boa pedida. Azeite de oliva e queijo ralado, desde que usados com moderação, também são permitidos.

Chá

Se o metabolismo anda preguiçoso e a dieta está precisando de um empurrãozinho, incluir o consumo diário de chás pode ser um bom truque. Coloque a água para ferver e aproveite as novidades e as receitas que preparamos para você usufruir todos os benefícios!





Existem milhares de ervas para colocar na xícara. Cada uma com suas características terapêuticas e nutricionais, mas para dar aquela secada na barriga e perder até 5 kg no fim do mês, o melhor é investir nos chás da árvore Camellia Sinensis. Os chás preto e verde são os mais conhecidos pelos brasileiros, mas o vermelho e o branco também são produzidos com as mesmas folhas e já ganharam vários fãs por aqui.
A dúvida que fica é se todos atuam com a mesma intensidade. Rafaela Macedo, nutricionista especialista em Nutrição Funcional, de Brasília (DF), diz que sim. Segunda ela, o que os diferencia é a maturação das folhas e a fermentação. Para o branco, as folhas precisam ser colhidas antes, o que deixa o gosto mais agradável que o chá- -verde, feito com folhas mais velhas. Já o processo de fermentação define o gosto e as características do vermelho e do preto, que têm mais cafeína.
O mais interessante é que todos eles trazem a catequina, um fitonutriente capaz de aumentar a temperatura do organismo, queimar mais gordura e reduzir o colesterol ruim. Consumir regularmente qualquer um deles vai além do emagrecimento: suas propriedades reduzem o processo inflamatório, o que pode afastar a possibilidade de você desenvolver doenças como diabetes e problemas no coração.
"O consumo diário é muito individual e a quantidade e o tipo de erva devem ser definidos por um especialista para conquistar tais benefícios", esclarece Thatiana Galante, nutricionista da Clínica Andrezza Botelho, em São Paulo. Conhecidos por combaterem o inchaço e diminuírem a fome, os chás também aumentam a sensação de bem-estar.


Comece a usar 
Apesar de tantos benefícios, a presença de taninos nos chás pode inibir a absorção de outros nutrientes, por isso, não pode ser consumido em excesso. O ideal é tomar cerca de 500 ml de chá por dia, o que equivale de 4 a 5 xícaras. Se optar por intercalar os tipos, a dica é tomar o chá vermelho e o preto nas primeiras horas e o branco e o verde na parte de tarde, por causa da quantidade de cafeína contida em cada um.
Para fazer a infusão, é recomendado colocar a erva na água quente com o fogo já apagado e abafar de 5 a 10 minutos. Bater o chá com frutas está liberado, mas não deve ser adoçado, já que isso atrapalha os benefícios medicinais. Para aproveitar todos os poderes dos chás, não é preciso consumi-los apenas em sua forma líquida. Receitas doces e salgadas também ajudam a queimar as gordurinhas indesejadas.


Verde: acelera o metabolismo
O mais popular dentre os chás da Camellia Sinensis, "o verde tem benefícios mais comprovados por estudos e pesquisas científicas", ressalta a nutricionista Rafaela Macedo. Recentemente, a Universidade de São Paulo (USP) comprovou sua atuação como antioxidante, com ação anti-inflamatória, desintoxicante e como um real acelerador do metabolismo. Por conter cafeína, no entantom, seu uso não é recomendado para hipertensos, gestantes e por pessoas sensíveis à sua ação. O chá também faz bem para a pele e suas folhas ajudam a suavizar olheiras.


Branco: queima 7% a mais as gorduras
Os benefícios mudam com o tipo do preparo. Quando o chá é feito por infusão, a cafeína e outras substâncias aceleram o metabolismo, aumentando, assim, a queima de gordura. Estimase que esse aumento chegue a 7%. Preparado dessa maneira, as moléculas de tanino também ficam mais eficientes para combater as taxas de LDL, o colesterol ruim do sangue. Quando o chá branco é comprado em pó industrializado, a fórmula traz boas doses de nutrientes e vitaminas. Estima-se que no produto, a concentração dos fitoquímicos que combatem e previnem doenças seja até dez vezes maior, o que já compensaria seu valor mais alto. Mas é o gosto adocicado, graças à colheita prematura das folhas, o grande diferencial deste chá.


Vermelho: elimina pneuzinhos e celulite

O que faz que ele mude de cor e de sabor é a diferença na forma de processamento. Suas folhas são envelhecidas e guardadas por anos, o que aumenta o grau de fermentação da erva. Famoso por proteger as células do envelhecimento, aliado a dietas, ele é um dos melhores para combater o inchaço do corpo. Como se esses dois benefícios já não bastassem, o chá vermelho é rico em componentes essenciais, como polifenóis, catequinas, vitaminas C e B, cafeína e taninos. Ainda não existem estudos científicos que determinem as concentrações exatas, mas quem já testou garante que é poderoso para dar fim aos pneuzinhos. Seus componentes são diuréticos, por isso desincham o corpo, melhorando a circulação e, por consequência, a celulite.
Preto: acaba com o excesso de suor 
O chá-preto sempre foi o mais conhecido deles. Mesmo antes de a ciência descobrir suas propriedades diuréticas e suas características calmantes, o chá já era muito apreciado nos quatro cantos do mundo, inclusive na Inglaterra, onde ficou muito conhecido como a bebida da realeza. Para diminuir o estresse, por exemplo, bastam quatro xícaras do chá por dia. A bebida é capaz de regular os níveis do hormônio cortisol, responsável pelo aumento do nervosismo e, consequentemente, das doenças causadas por ele, como os problemas do coração. O chá-preto tem ácido tânico em sua composição, o que desacelera a produção da glândula sudorípara. Ou seja, se você sua muito ou se incomoda com o odor do suor, faça compressas nos locais afetados por 20 minutos todos os dias.

Beba chá sem fazer cara feia

A principal explicação para o gosto amargo do chá-verde está na presença de catequinas e da cafeína. Outro componente responsável pelo sabor característico são os taninos, tão preciosos para a obtenção dos resultados esperados. "Para melhorar o gosto sem perder os benefícios, adicione outras ervas de sabor suave na preparação, como hortelã, erva-cidreira, camomila, ou cascas de maçã ou de abacaxi", ensina a nutricionista Thatiana Galante. E se mesmo assim não der para tirar a cara feia na hora de tomar a dose recomendada, a profissional dá algumas dicas: "Pingar gotas de limão e beber o chá gelado ajuda. Adicionar mel também é uma saída. E se nada disso resolver, tapar o nariz na hora de engolir diminui a sensação do sabor amargo. É o mesmo princípio de quando estamos gripados: nenhuma comida parece ter gosto."

Musse refrescante de chá verde com limão
(Rendimento: 10 porções Tempo de preparo: 10 minutos)


Ingredientes
 1 xícara de chá verde
 1 caixinha de creme de soja
 1/2 xíc. (chá) de bebida de soja light
 1/2 xíc. (chá) de suco de limão
 1/2 pacote de gelatina de limão diet
 1 envelope de gelatina incolor
 4 colheres de sopa de adoçante em pó

Modo de preparo
1. Misture todos os ingredientes e bata no liquidificador por 5 minutos.
2.Despeje o creme em um refratário de vidro e coloque na geladeira por, no mínimo, 3 horas antes de servir.

Kafta com pepino e chá vermelho
(Rendimento: 8 porções Tempo de preparo: 30 minutos)


IngredientesPara o molho 
 1 pepino ralado
 2 xícaras (chá) de iogurte desnatado
 1 dente de alho amassado
Para o espetinho
 200 g de carne-moída magra
 300 g de soja texturizada e tostada
 1 cebola ralada
 3 ramos de hortelã picada
 3 ramos de salsa picada
 3 colheres (sopa) de chá vermelho moído
 2 dentes de alho amassados
 1 colher (sopa) de mostarda
 1 colher (sopa) de molho inglês
 Sal e pimenta-do-reino a gosto
 Suco de 2 laranjas

Modo de preparo
Para o molho 
1. Rale o pepino, tempere e escorra a água por cerca de 10 minutos.
2. Adicione o iogurte e, depois, coloque o alho amassado.
Para o espetinho
1. Bata a carne, a soja e a cebola no liquidificador até ficar uma massa homogênea.
2. Em uma tigela, coloque a hortelã, a salsa, o chá, a mostarda, o molho inglês e a pimenta-do-reino e misture bem.
3. Modele os espetos bem apertados para que eles não desmanchem na hora de grelhar.
4. Pincele o suco de laranja nos espetinhos e grelhe-os.
Fonte: nutricionistas Thatiana Galante e Rafaela Macedo

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pizza em casa uma receita clássica

Fazer a própria massa é mais simples do que parece e muito mais saudável. Fora isso, você pode envolver toda a família no preparo e se divertir à beça. Aprenda uma receita clássica com apenas 173 kcal e combine com o recheio que mais gostar




Fotos: Marcelo Resende
Quando pensamos em pizza, logo vem à cabeça a ideia de um prato calórico que deve ser abolido a qualquer custo do cardápio de quem quer perder peso ou manter a boa forma.
Mas se engana quem vê esta delícia como inimiga número 1 da balança. Ela pode ser uma opção saudável. "A pizza pode fazer parte da dieta desde que o consumo seja de dois pedaços e que tenha ingredientes com baixo valor energético", explica a nutricionista Ariane Pereira.
Preparar a própria pizza pode ser um bom entretenimento pra dividir com a família e faz toda a diferença na hora de contar as calorias. Por isso, deixe o telefone do delivery de lado e encarne o pizzaiolo que existe em você. Comece com o preparo da massa light e então experimente combinála com os quatro diferentes recheios leves, e deliciosos que separamos.
As opções são fáceis e rápidas de fazer, além de serem supermagrinhas: nem a cominação com chocolate ultrapassa 383 calorias o pedaço. Agora não tem erro, é só escolher a sua preferida e se deliciar à vontade!
Fotos: Marcelo Resende
Marguerita tradicional
Rendimento: 8 porções
Tempo de preparo: 30 minutos

Ingredientes
Para a massa light
 1 xícara (chá) de farinha de trigo
 1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo integral
 1 pitada de sal
 15 g de fermento biológico
 1/2 xícara (chá) de leite desnatado
 1/2 xícara (chá) de água morna
Para o recheio
 2 colheres (sopa) de molho de tomate light pronto
 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
 8 fatias de mozarela light
 2 tomates em rodelas finas
 1 colher (café) de orégano
 Folhas de manjericão



Modo de preparo
Para a massa light
1. Desmanche o fermento na água até dissolver.
2. Adicione o leite, as farinhas e o sal e amasse até ficar uma massa bem macia.
3.
 Se for necessário, polvilhe mais um pouco de farinha. Faça uma bola e envolva-a com filme plástico.
4. Deixe a massa descansar por 50 minutos. Depois desse tempo, abra a massa com a ajuda de um rolo.
5. Ligue o forno em temperatura média (180° C). Jogue um pouco de farinha sobre uma assadeira redonda, coloque a massa e leve ao forno preaquecido por 12 minutos.
Para o recheio
1. Espalhe o molho de tomate sobre toda a massa pré-assada.
2. Coloque as fatias de mozarela e, em seguida, as rodelas de tomate.
3. Regue com o azeite de oliva, salpique o orégano e volte ao forno por mais 15 minutos.
4. Retire a massa do forno e acrescente o manjericão a gosto.
Fotos: Marcelo Resende
Calabresa com cebola, azeitonas verdes e pretas
Rendimento: 8 porções
Tempo de preparo: 40 minutos

Ingredientes
 Use 1 disco da massa light pré-assada por cerca de 10 minutos
 1 xícara (chá) de molho de tomate
 200 g de calabresa defumada
 300 g de queijo mozarela ralado
 Orégano e azeite a gosto
 Cebola cortada em rodelas
 5 azeitonas verdes e 5 pretas
Modo de preparo
1. Cubra o disco de massa pré-assada com o molho de tomate, as rodelas de linguiça, a mozarela ralada, o orégano e o azeite.
2. Volte ao forno e deixe até que o queijo fique todo derretido.
3. Retire do fogo e espalhe as azeitonas e as fatias de cebola.
Portuguesa
Rendimento: 8 porções
Tempo de preparo: 40 minutos

Ingredientes
 Use 1 disco da massa light pré-assada por cerca de 15 minutos
 150 g de queijo mozarela
 50 g de presunto
 1 tomate cortado em rodelas
 1 ovo cozido
 1 cebola picada
 1 xícara (chá) de molho de tomate
 Azeitonas para decorar, orégano e tempero verde a gosto
Modo de preparo
1. Despeje sobre a massa pré-assada o molho de tomate. 2. Cubra com o queijo e o presunto.3. Em seguida, coloque as rodelas de tomate, o ovo picado e a cebola. 4. Decore com azeitonas. 5. Tempere com orégano e tempero verde e leve ao forno preaquecido por 20 minutos ou até que a massa fique crocante.
Amanhã tem maisSe sobrarem algumas fatias, enrole os pedaços em PVC ou coloque em um recipiente dentro da geladeira. O ideal é guardar por apenas um dia.
Sobrou massa?
Embale em PVC e congele por até 60 dias. Quando for consumir novamente, deixe-a dentro da geladeira de 4 a 6 horas antes de voltar ao forno, para manter crocância.

Fotos: Marcelo ResendeFotos: Marcelo Resende

Fotos: Marcelo Resende
Vegetariana
Rendimento: 8 porções
Tempo de preparo: 30 minutos
Fotos: Marcelo Resende
Ingredientes
 Use 1 disco da massa lightpré-assada por cerca de 15 minutos
 4 tomates em cubos pequenos
 1 berinjela em cubos pequenos
 1 pimentão vermelho cortado em cubos pequenos
 1 colher (sopa) de orégano
 2 colheres (chá) de azeite
 2 dentes de alho amassados
 100 g de queijo meia cura ralado grosso
Modo de preparo
1. Coloque os tomates, a berinjela, o pimentão, o orégano, o azeite e o alho em uma panela.
2. Tampe e deixe cozinhar por 5 minutos. Reserve.
3. Cubra a massa pré-assada com os vegetais e coloque o queijo.
4. Volte ao forno por cerca de 10 minutos.
Banana com chocolate
Rendimento: 8 porções
Tempo de preparo: 30 minutos

Fotos: Marcelo Resende
Ingredientes
Use 1 disco da massa light pré-assada por cerca de 20 minutos
200 g de chocolate ao leite
3 bananas cortadas em rodelas
1 lata de creme de leite light
Modo de preparo
1. Derreta o chocolate em banho-maria, coloque o creme de leite e misture. 2. Distribua o creme na pizza e leve ao forno por 5 minutos. 3. Coloque a banana e sirva.
Não perca o saborPara requentar a pizza sem que o seu gosto perca pontos no paladar, o melhor é levá-la ao forno preaquecido de 10 a 15 minutos. Se a pizza estiver congelada, preaqueça entre 20 e 25 minutos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Conheça nova variedade de mandioca e outros alimentos do futuro


O alimento milenar dos índios está no cardápio do futuro. O homem branco cultiva uma nova variedade de mandioca desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas.

Nas aldeias da tribo Terena brota da terra a energia dos guerreiros.
"O ano inteiro nós temos mandioca na nossa mesa, nós tendo mandioca nós temos tudo", disse o cacique João da Silva.
A lenda indígena conta a estória de "maní-oca", a casa de maní. Uma indiazinha que nasceu branca e morreu com um ano de idade. Foi enterrada dentro da oca. E da sepultura brotou uma planta que está nas raízes da cultura brasileira. E é base da alimentação dos povos antigos, há pelo menos sete mil anos.
O prato mais tradicional é o bijú.
O alimento milenar dos índios está no cardápio do futuro. O homem branco cultiva uma nova variedade de mandioca desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas. No interior paulista brota a raiz vitaminada, com 20 vezes mais betacaroteno.
"A vitamina A participa direto do processo de visão. A falta da vitamina A pode levar a cegueira. Consumindo 100 gramas dessa mandioca, ela já está com 25% da necessidade de vitamina A garantida na sua dieta diária", afirmou o pesquisador do ITAL Paulo Roberto Carvalho.
A mandioca mais saudável pode ser identificada pela cor. A mandioca branca é a consumida principalmente no Norte e no Nordeste. A amarela é comum no sudeste. E a nova variedade dá para perceber que é bem mais amarelada, justamente por causa do betacaroteno.
A base dos pratos indígenas é a farinha de mandioca. E aos 72 anos a dona Alexandrina ainda rala muito.
“O segredo é mandioca todo dia”, contou a cozinheira Alexandrina da Silva.
Alimento importante também para famílias ribeirinhas da Região Norte e o povo do Nordeste, a farinha da nova variedade contem ainda mais vitamina.
A novidade surgiu após 12 anos de pesquisa na área de melhoramento genético. O cruzamento de sementes que dão origem a uma nova planta.
No campo a mandioca mostrou a mesma força do seu Magno, produtor de 80 anos com energia de menino
“Ela é mais produtiva, é mais resistente, está aprovada”, disse Magno.
O povo que trouxe a mandioca para o nosso cardápio conheceu o alimento do futuro. Levamos uma amostra da nova variedade e pedimos para eles cozinharem, pra experimentar.
“Está aprovada. Não é igual a mandioca de índios, mas está aprovada”, destacou o cacique Plácido Sousa Bueno.
Longe das aldeias e do convívio com a natureza. O mal da vida moderna.
"Trânsito congestionado é uma coisa que me irrita muito. Tem que trabalhar tem que tomar conta da casa, o stress ele tem aqueles momentos de pico”, contou a assistente administrativa Maria Célia de Castro.
Stress não tem sexo. Mudanças no trabalho tiraram o sono de Carlos.
“Pelo potencial de stress que eu estava passando e como eu dormia mal a noite, então eu tinha essas sonolências”, afirmou o analista de comércio exterior Carlos César da Silva.
O stress e as noites mal dormidas levaram Célia e Carlos a serem voluntários de uma pesquisa.
Durante um mês eles responderam questionários enquanto tomavam um suco de maracujá concentrado para avaliar os efeitos no organismo.
A polpa foi produzida na Embrapa cerrados em Brasília, onde a ciência melhora o que já é perfeito.
Em uma área de pesquisa está uma das maiores diversidades de maracujá do planeta. E das 150 espécies conhecidas no Brasil, cerca de 40 são cultivadas. Usadas no melhoramento genético. Geram os frutos do futuro, com sabores, cores e aromas desse país tropical.
A busca da diversidade tem o dedo do homem, na polinização das plantas.
“A gente então pegou a parte masculina de um tipo, ou de uma espécie, e a gente tá trazendo então esse pólen, para colocar na estrutura feminina de outro tipo. Muitas delas produzem frutos comestíveis, mas são pequenos, produz pouco, então a gente tem que fazer os cruzamentos para aumentar o tamanho do fruto, pra aumentar a produtividade”, explicou o pesquisador geneticista da Embrapa Fábio Faleiro.
Com esse trabalho os pesquisadores já descobriram 50 maracujás com potencial comercial. Sendo 80% vindos do Cerrado como o maracujá roxo, mais rico em vitamina C. E o maracujá alho, com potencial para indústria de condimentos
"A diferença entre o maracujá sem melhoramento e o maracujá melhorado geneticamente é muito grande”, afirmou a pesquisadora da Embrapa Cerrados Ana Maria Costa.
Nas pesquisas para o combate ao stress e noites em claro: maracujá do sono.
“O maracujá do sono dá sono?”, perguntou o repórter.
“Não. Pelos resultados que agente tem até agora ele não dá sono. Parece que as pessoas dormem melhor durante a noite, e durante o dia elas sentem menos sono”, disse Ana Maria Costa.
“Ele possui substâncias com capacidade antioxidante duas vezes maior que o maracujá azedo comercial”, contou a pesquisadora da Embrapa Cerrados Sonia Celestino.
Os antioxidantes pesquisados são da classe dos polifenóis: flavonóides, antocianinas, substâncias que combatem os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce das células.
“Ajuda a preservar a saúde e prevenir doenças, tais como diabetes mielitos, o próprio câncer, doenças cardiovasculares, então o fato ter um potencial antioxidante já torna o maracujá importante para o consumo humano”, ressaltou a pesquisadora da Unicamp Glaucia Pastore.
Agora os pesquisadores vão identificar qual desses antioxidantes reduziu o stress e melhorou o sono dos voluntários da pesquisa.
“Teve um efeito talvez como tranquilizante. Como eu me sentia menos estressado no dia seguinte, isso significa que eu dormi melhor. Eu tive uma qualidade melhor de sono”, lembrou Carlos.
“Eu conseguia dormir com mais tranquilidade e a irritabilidade começou a diminuir”, disse Maria Celia.
A casca da fruta também tem pectina, fibra que ajuda a regular o intestino e dá sensação de saciedade. Para aproveitar todos os benefícios os pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma massa que pode servir de matéria prima para a indústria.
O que iria para o lixo foi para uma universidade particular em São Caetano. Foi a base de um sorvete para mulheres na menopausa, flan que ajuda a reduzir o colesterol. E até um queijo mais saudável.
“Esse queijo é muito indicado para pessoas que tenham problemas de colesterol elevado, tenham risco de doenças cardíacas”, destacou a pesquisadora do Instituto Mauá de Tecnologia Eliana Paula Ribeiro.
Nos testes o queijo de maracujá teve sabor de surpresa.

“Me lembra uma ricota, meio seco, gostei do sabor. É feito de maracujá mesmo? Verdade?”, questionou a professora Denise Marques Miguel.
“Não senti sabor de maracujá de jeito nenhum. Tem sabor de queijo minas mesmo”, disse a engenheira química Mariana Maíra Miguel.
A diversidade da natureza também ajudou no melhoramento genético do produto preferido por 10 entre 10 brasileiros. Nos campos do instituto agronômico de campinas, a busca era por uma variedade de feijão mais resistente a doenças e mais produtiva. Mas surgiu também um produto mais saudável.
“Geralmente quando comparado com outras cultivares do mercado ele tem apresentado em torno de 15% a 20% a mais de proteína do que as demais cultivares”, afirmou o
Cruzamento de outras oito variedades que nunca foram comercializadas, o feijão formoso é resultado de nove anos de pesquisa. Apresenta 10 vezes mais isoflavona, um regulador dos hormônios também encontrado na soja.
“Eu posso dizer que seria 8% da isoflavona encontrada na soja. É bastante. Porque o brasileiro tem o costume de consumir todo dia o feijão. Já a soja nem sempre é usual o brasileiro consumir”, afirmou o pesquisador do IAC Alisson Fernando Chiorato.
“O consumo do feijão formoso seria indicado para quem está na fase da menopausa, porque ele atua diminuindo a incidência de perda óssea, e atuaria também como uma reposição hormonal”, explicou a engenheira química do IAC Paula Feliciano Lima.
Estudos também relacionam a isoflavona no combate ao câncer e outras doenças.
“Quanto a pessoa deveria comer de feijão para obter os benefícios?”, perguntou o repórter.
“Nós temos uma receita assim de que seria uma concha durante o almoço e uma concha durante o jantar”, respondeu Alisson.
Essa variedade teve a primeira safra no ano passado e já pode ser encontrada em sete estados. De acordo com os pesquisadores o "formoso" faz bonito na panela e no relógio. Promete cozimento em 20 minutos. Na rotina corrida de dona de casa, Janine fez o teste.
“Eu nunca vi um feijão tão limpo, tão novinho. Só de lavar ele já solta a casca, fica mais inchadinho”, disse a dona de casa Janine Leite Carmo.
No teste mais importante, os filhos Dudu e Guilherme também aprovaram o feijão mais saudável.
“Eu gostei do tempo que ele ficou pronto gostei da consistência dele, o sabor eu sou suspeita porque fui eu que fiz, mas está aprovado”, disse Janine.
“Não sei se foi você ou foi a ciência, mas que está bom está bom”, brincou o repórter.
Tão bom que toda a equipe do Globo Repórter quis experimentar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Aprenda a preservar as propriedades nutritivas dos alimentos


Conheça os alimentos que podem auxiliar no tratamento de doenças como a diabetes.

Sabará. Nome de um tipo de fruta e da cidade mineira que é a terra da jabuticaba
“Na época eu chupo jabuticaba o dia intero. É só passar de baixo do pé, tem que pegar uma meia dúzia. É irresistível”, contou o agricultor Antônio Ferreira.
“Meu avô cada filho que nascia plantava um pé de jabuticaba , com o nome do filho”, disse a dona de casa Matilde Barbosa Carli.
É uma fruta com sabor de infância. Quem nunca roubou jabuticaba no quintal do vizinho. Ou teve dor de barriga com os excessos. Um pé centenário como esse já foi cenário de muita molecagem. É sinônimo de saudade e saúde. E em Sabará também dá frutos na economia, para as novas gerações.
Quem planta jabuticabeira no quintal, colhe desconto no IPTU. Nos fundos de casa, dona Lurdes garante 25% de abatimento no imposto.
“Quantos pés a senhora tem?”, perguntou o repórter.
“Tenho 15 pés”, respondeu dona Lurdes.
Patrimônio da cidade as jabuticabeiras só podem ser derrubadas com autorização da prefeitura. E a fruta é matéria prima para a criatividade dos produtores artesanais.
Que tal geléia de jabuticaba com pimenta?
Esse tesouro de Minas Gerais foi parar nos laboratórios da Universidade de Campinas. A casca da jabuticaba tipo Sabará foi transformada num pó e oferecida a dieta de ratos para avaliar as propriedades nutritivas.

“Resultou em uma diminuição de 50% do colesterol do sangue desses animais, uma redução de 10% da glicemia e a diminuição de 30% dos radicais livres do sangue desses animais”, afirmou o pesquisador da Unicamp Mário Maróstica.
A polpa é rica em açúcares, mas a casca tem compostos fenólicos, como as antocianinas que dão a cor escura à fruta.
“Os compostos fenólicos eles diminuem a absorção dos açúcares, e as fibras aceleram a velocidade do trato gastrointestinal, que diminui a probabilidade de você absorver os açúcares. Eles podem prevenir alguns tipos de doenças como diabetes , câncer sempre associado a um estilo de vida saudável”, completou o pesquisador.
A pesquisa foi publicada numa das mais importantes revistas cientificas americanas. A próxima etapa é avaliação no organismo do homem. Mas já é possível calcular uma receita.
“A quantidade para o ser humano de forma bem prática, de 10 a 15 jabuticabas inteiras, com a casca, por dia, que daria mais ou menos ao redor de 100 gramas”, disse Mário Maróstica.
Rica em cálcio, ferro e vitaminas B e C a jabuticaba faz bem para a pele, cabelos, circulação do sangue. E para os moradores de Sabará também ativa a memória.
Bonito é o cerrado brasileiro. Onde vive seu Clóvis, outro apaixonado pela natureza.
“Quando eu entro no cerrado eu não vejo o dia passar, eu não sinto fome. Porque toda época tem uma frutinha que você pode comer”, lembrou o empresário Clóvis José Almeida.
Neto de raizeiro, o filho do cerrado recebeu como herança o conhecimento
“O gravatá. a gente arrancava, assava ele pra problema de ulcera. tuberculosa”, contou o empresário
Nos frutos resistentes ao clima hostil do cerrado, está a mesa farta para as novas descobertas da ciência. Cagaita, mutamba, mamacadela. Nomes de frutos do Cerrado que muita gente nunca ouviu falar. Há pouco mais de 10 anos também eram desconhecidos da ciência. O poder funcional estava apenas na tradição popular. Agora os benefícios para saúde começam a ter o aval das pesquisas. As mais recentes comprovam as maravilhas da gabiroba e também do muricy.
Nos estudos da Unicamp feitos em parceira com a Universidade de Cornel nos Estados Unidos, o muricy se revelou um potente antiinflamatório.
"O grande potencial está na casca, a gente pode falar que o Cerrado brasileiro por ser pobre em chuva, explica essa proteção estar na casca”, afirmou a pesquisadora da Unicamp Luciana Malta.
Já a gabiroba mostrou um poder antioxidante dez vezes maior quando comparado com frutas consumidas nos estados unidos como amora e framboesa. A pesquisa ainda incluiu uma terceira fruta, mais difícil de ser encontrada, a guapeva.
“Nós encontramos o resveratrol, catequina e o acido ferrúlico. A presença desses compostos está relacionada com a diminuição da incidência de doenças crônico-degenerativas, como câncer, Mal de Parkinson , diabetes e doenças do coração. Eles seriam uma forma de prevenção e não de tratamento”, explicou Luciana Malta
Os extratos das frutas foram testados contra a multiplicação de células do câncer.
“As 3 apresentaram um início desse potencial anti-câncer. A fruta que mais se destacou nesse potencial anti-câncer foi a casca da fruta guapeva. Ela diminuiu principalmente a multiplicação das células do câncer de próstata e de mama”, disse a pesquisadora.
O Cerrado já foi para o palito na indústria de sorvete e pode trazer avanços na medicina. Sempre no rastro da sabedoria popular.

“Isso que a ciência está descobrindo agora eu já sabia. Isso é do tempo da minha infância”, disse Clóvis José de Almeida.
Quem sabe esteja aí a cura para a doença de Raíra. Aos 7 anos ela descobriu que tem diabetes. Precisa controlar o nível de açúcar no sangue.
“Ela tinha muita sede, não tinha disposição pra nada, só queria colo. A gente levou ela no hospital, e aí descobrirmos que era diabetes que ela tinha. Ela chega a tomar 4 a 5 vezes ao dia a insulina”, contou o agricultor Ricardo Dalbó.
O organismo da menina tem deficiência na produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que leva o açúcar dos alimentos para dentro das células.
Um estudo feito pela universidade de campinas revelou o melhor alimento para controlar o nível de açúcar no sangue: quiabo. Um vegetal completo com vitaminas, minerais, proteínas e principalmente fibras.
Nos laboratórios o fruto foi transformado num pó e incorporado na dieta para ratos diabéticos. Outro grupo comeu ração comum. Ao final de 30 dias o cardápio verde fez a diferença.
“Além da taxa de glicemia, ou seja a glicose no sangue ter diminuído bem nesses animais, também houve um efeito positivo na absorção do colesterol. Ou seja, o nível de colesterol foi menor nos animais alimentados com a dieta de quiabo justamente porque a fibra é muito importante na dieta”, afirmou a pesquisadora do ITAL Vera Sônia Nunes da Silva.
Com organismo parecido com o nosso, os ratos da dieta a base de quiabo comeram 30% menos e ficaram mais saciados com as fibras, indispensáveis para humanos diabéticos.
“Ele vai proporcionar um esvaziamento gástrico mais lento. A pessoa vai ficar mais tempo saciada, e quando chegar no intestino vai ser liberado mais rápido. E a fibra do quiabo vai diminuir a absorção de açúcar no sangue”, completou a pesquisadora.
As variedades para pesquisa foram colhidas no sítio do seu Percílio que conhece os segredos de uma boa safra.
“A gente costuma plantar ele no sábado. Porque a lua é mais fraca. Porque se plantar na minguante fica torto”, contou o agricultor Percílio Dalbó.
Mal sabia o seu Percílio que esse alimento seria tão importante para a saúde da própria neta. O que o avô da Raíra e muita gente não imagina é onde estão concentradas as fibras do quiabo. Justamente na parte que as pessoas costumam jogar fora. A baba.
A pesquisadora foi até a casa da família Dalbó, ensinar a avó de Raíra a preparar o quiabo sem perder as propriedades nutritivas.
“A maioria das pessoas pensa que a semente que dá a baba. Só que a baba está dentro da casca, a senhora quebra a casca, a senhora percebe a liberação da baba. Quanto mais você corta a casca do quiabo, mais libera essa baba. Então o ideal é o que: é cozinhar o quiabo intacto”, explicou a pesquisadora. “Deixa ferver de 3 a 5 minutos. Depois a senhora dá uma ducha de água fria imediatamente, para conservar as propriedades”, completou.
O azeite que reduz o mau colesterol é o tempero ideal. A família aprovou, mas na hora de experimentar, Raíra foi lisa como quiabo.
“É mais fácil fazer o quiabo do que convencer a Raíra a comer”, disse o repórter.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Estudos apontam que humor pode variar de acordo com a alimentação


Os alimentos têm papel decisivo no funcionamento dos neurônios. E podem até ajudar na prevenção das doenças psiquiátricas, como a depressão.

Felicidade. Existe receita? Os mais recentes estudos dizem que o humor de uma pessoa pode variar de acordo com aquilo que ela põe no prato. Os alimentos têm papel decisivo no funcionamento dos neurônios. E podem até ajudar na prevenção das doenças psiquiátricas, como a depressão. Para colocar felicidade no cardápio, basta saber quais são os ingredientes que podem mudar a cara do seu dia.
Comer até ficar triste. Se a base da alimentação tem calorias demais e nutrientes de menos. Essa tristeza pode ganhar outro significado.
Uma pesquisa da Universidade de Las Palmas na Espanha com 21 mil voluntários associa o consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras trans e saturadas com a depressão.
Aumenta em 30% a 40% o risco diz um dos responsáveis pelo estudo, o professor Miguel Gonzales da Universidade de Navarra.
Quem apresenta quadro de depressão, tem maior tendência de ser hipertenso, ter diabetes, pré-diabetes ou colesterol alto.
O professor explica que a depressão e as doenças cardiovasculares compartilham os mesmos mecanismos.
Pessoas com depressão apresentam alterações no sistema cardiovascular e uma inflamação generalizada. Os neurônios diminuem de tamanho e a comunicação entre eles fica comprometida. Faltam substâncias que protejam o cérebro. Muitas encontradas nos alimentos.
“Pessoas que estão comendo muito esses tipos de gorduras, talvez estejam mais vulneráveis a depressão. São pessoas que não se cuidam, são pessoas que comem as junkie foods, as comidas porcarias”, afirmou o psiquiatra Kalil Duailibi.
“Eu consumia muita fritura, muita massa, muito carboidrato, eu cheguei a engordar 15 quilos”, contou a dona de casa Denise Sallum.
O peso emocional, Denise não conseguiu suportar. Há cinco anos ela teve depressão e síndrome do pânico depois de passar pela fase mais terrível da vida.
“A perda de entes queridos, a separação dos meus pais, e culminou com três assaltos que nós sofremos em São Paulo. Eram choros constantes, era um mal estar constante, um sono muito forte, uma vontade de ficar deitada o tempo inteiro, de não fazer nada. Era uma sensação muito ruim”, lembrou Denise.
O início do tratamento foi a base de remédios. Mas a manutenção é com a mudança na alimentação orientada por um nutricionista.
“As torradas, os pães, não eram integrais passaram a ser integrais. Os biscoitos recheados foram substituídos por cookies saudáveis com castanhas, introduzimos a kinua em flocos, a linhaça, o gergelim”, contou Denise.
Os estudos comprovam: a receita para prevenir a depressão passa por alimentos que tenham triptofano. Essa substância aumenta a produção dos neurotransmissores, responsáveis em levar impulsos nervosos ao cérebro. Entre eles está a "serotonina", o elixir do bom humor.
“Esses alimentos como a banana, o abacate , o grão de bico e a lentilha, eles são extremamente importantes em dois níveis, um no estímulo direto de serotonina e no estimulo também dos fatores protetores dos neurônios. Com esses alimentos você consegue uma boa ação protetora contra a depressão”, afirmou Kalil.
Como é rico em gordura, a recomendação é de apenas um quarto de abacate por dia. Já a banana deve ser prata ou nanica. A lentilha e o grão de bico ainda tem fibras, ajudam no funcionamento do intestino.
Outro guardião dos neurônios é o selênio. Encontrado nas oleaginosas como nozes e castanhas. A proteção para o cérebro fica completa com azeite de oliva e frutas.
“Seria indicado que as pessoas pudessem comer frutas vermelhas principalmente, que já tivessem antocianinas. Onde se existe isso? Em cerejas, em framboesas, então seria muito interessante a amora. O açaí também tem uma quantidade de antocianinas”, disse Kalil.
Denise tem dois filhos adolescentes e uma menina de 7 anos. Por orientação da nutricionista, estendeu a mudança na alimentação para toda a família.
“É como se fosse uma prevenção, de que eles também pudessem ficar ansiosos, depressivos, é uma tentativa de mãe de prevenir meus filhos”, contou Denise.
A intuição de mãe está em compasso com outra descoberta da ciência. Quando os neurônios são fortalecidos desde cedo a chance de desenvolver a depressão diminui.
“Eu aconselharia pais cujos filhos tivessem alguma propensão a ter depressão que pudesse na alimentação incluir peixes, tipo salmão, atum gordo, sardinhas, são alimentos que são mais ricos em Omega 3 , que deveriam fazer parte quatro vezes por semana por exemplo dos pratos. Pelo menos uma castanha do Pará e pelo menos duas nozes ao dia, na alimentação dessas crianças.
Bom humor no prato. Brócolis e verduras verde-escuras têm ácido fólico e atuam como antidepressivos naturais. O potássio da batata diminui a sensação de cansaço. Laranja auxilia no combate ao stress. E cereais ricos em fibras como aveia, se tornaram a fonte de energia de Denise.
O exemplo dos pais é fundamental para as escolhas felizes.
“Os mais velhos ainda têm um pouco de resistência a introdução de alimentos saudáveis”, disse Denise.
“Um refrigerante, um hamburguer agora também ia bem. Faz falta”, explicou Gustavo Sallum, de 17 anos.
“Eu me esforço mais que ele, mas sinto falta também”, contou Gabriel Sallum, de 15 anos.
No cardápio da felicidade só não pode faltar um ingrediente. O carinho da família.