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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Conheça nova variedade de mandioca e outros alimentos do futuro


O alimento milenar dos índios está no cardápio do futuro. O homem branco cultiva uma nova variedade de mandioca desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas.

Nas aldeias da tribo Terena brota da terra a energia dos guerreiros.
"O ano inteiro nós temos mandioca na nossa mesa, nós tendo mandioca nós temos tudo", disse o cacique João da Silva.
A lenda indígena conta a estória de "maní-oca", a casa de maní. Uma indiazinha que nasceu branca e morreu com um ano de idade. Foi enterrada dentro da oca. E da sepultura brotou uma planta que está nas raízes da cultura brasileira. E é base da alimentação dos povos antigos, há pelo menos sete mil anos.
O prato mais tradicional é o bijú.
O alimento milenar dos índios está no cardápio do futuro. O homem branco cultiva uma nova variedade de mandioca desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas. No interior paulista brota a raiz vitaminada, com 20 vezes mais betacaroteno.
"A vitamina A participa direto do processo de visão. A falta da vitamina A pode levar a cegueira. Consumindo 100 gramas dessa mandioca, ela já está com 25% da necessidade de vitamina A garantida na sua dieta diária", afirmou o pesquisador do ITAL Paulo Roberto Carvalho.
A mandioca mais saudável pode ser identificada pela cor. A mandioca branca é a consumida principalmente no Norte e no Nordeste. A amarela é comum no sudeste. E a nova variedade dá para perceber que é bem mais amarelada, justamente por causa do betacaroteno.
A base dos pratos indígenas é a farinha de mandioca. E aos 72 anos a dona Alexandrina ainda rala muito.
“O segredo é mandioca todo dia”, contou a cozinheira Alexandrina da Silva.
Alimento importante também para famílias ribeirinhas da Região Norte e o povo do Nordeste, a farinha da nova variedade contem ainda mais vitamina.
A novidade surgiu após 12 anos de pesquisa na área de melhoramento genético. O cruzamento de sementes que dão origem a uma nova planta.
No campo a mandioca mostrou a mesma força do seu Magno, produtor de 80 anos com energia de menino
“Ela é mais produtiva, é mais resistente, está aprovada”, disse Magno.
O povo que trouxe a mandioca para o nosso cardápio conheceu o alimento do futuro. Levamos uma amostra da nova variedade e pedimos para eles cozinharem, pra experimentar.
“Está aprovada. Não é igual a mandioca de índios, mas está aprovada”, destacou o cacique Plácido Sousa Bueno.
Longe das aldeias e do convívio com a natureza. O mal da vida moderna.
"Trânsito congestionado é uma coisa que me irrita muito. Tem que trabalhar tem que tomar conta da casa, o stress ele tem aqueles momentos de pico”, contou a assistente administrativa Maria Célia de Castro.
Stress não tem sexo. Mudanças no trabalho tiraram o sono de Carlos.
“Pelo potencial de stress que eu estava passando e como eu dormia mal a noite, então eu tinha essas sonolências”, afirmou o analista de comércio exterior Carlos César da Silva.
O stress e as noites mal dormidas levaram Célia e Carlos a serem voluntários de uma pesquisa.
Durante um mês eles responderam questionários enquanto tomavam um suco de maracujá concentrado para avaliar os efeitos no organismo.
A polpa foi produzida na Embrapa cerrados em Brasília, onde a ciência melhora o que já é perfeito.
Em uma área de pesquisa está uma das maiores diversidades de maracujá do planeta. E das 150 espécies conhecidas no Brasil, cerca de 40 são cultivadas. Usadas no melhoramento genético. Geram os frutos do futuro, com sabores, cores e aromas desse país tropical.
A busca da diversidade tem o dedo do homem, na polinização das plantas.
“A gente então pegou a parte masculina de um tipo, ou de uma espécie, e a gente tá trazendo então esse pólen, para colocar na estrutura feminina de outro tipo. Muitas delas produzem frutos comestíveis, mas são pequenos, produz pouco, então a gente tem que fazer os cruzamentos para aumentar o tamanho do fruto, pra aumentar a produtividade”, explicou o pesquisador geneticista da Embrapa Fábio Faleiro.
Com esse trabalho os pesquisadores já descobriram 50 maracujás com potencial comercial. Sendo 80% vindos do Cerrado como o maracujá roxo, mais rico em vitamina C. E o maracujá alho, com potencial para indústria de condimentos
"A diferença entre o maracujá sem melhoramento e o maracujá melhorado geneticamente é muito grande”, afirmou a pesquisadora da Embrapa Cerrados Ana Maria Costa.
Nas pesquisas para o combate ao stress e noites em claro: maracujá do sono.
“O maracujá do sono dá sono?”, perguntou o repórter.
“Não. Pelos resultados que agente tem até agora ele não dá sono. Parece que as pessoas dormem melhor durante a noite, e durante o dia elas sentem menos sono”, disse Ana Maria Costa.
“Ele possui substâncias com capacidade antioxidante duas vezes maior que o maracujá azedo comercial”, contou a pesquisadora da Embrapa Cerrados Sonia Celestino.
Os antioxidantes pesquisados são da classe dos polifenóis: flavonóides, antocianinas, substâncias que combatem os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce das células.
“Ajuda a preservar a saúde e prevenir doenças, tais como diabetes mielitos, o próprio câncer, doenças cardiovasculares, então o fato ter um potencial antioxidante já torna o maracujá importante para o consumo humano”, ressaltou a pesquisadora da Unicamp Glaucia Pastore.
Agora os pesquisadores vão identificar qual desses antioxidantes reduziu o stress e melhorou o sono dos voluntários da pesquisa.
“Teve um efeito talvez como tranquilizante. Como eu me sentia menos estressado no dia seguinte, isso significa que eu dormi melhor. Eu tive uma qualidade melhor de sono”, lembrou Carlos.
“Eu conseguia dormir com mais tranquilidade e a irritabilidade começou a diminuir”, disse Maria Celia.
A casca da fruta também tem pectina, fibra que ajuda a regular o intestino e dá sensação de saciedade. Para aproveitar todos os benefícios os pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma massa que pode servir de matéria prima para a indústria.
O que iria para o lixo foi para uma universidade particular em São Caetano. Foi a base de um sorvete para mulheres na menopausa, flan que ajuda a reduzir o colesterol. E até um queijo mais saudável.
“Esse queijo é muito indicado para pessoas que tenham problemas de colesterol elevado, tenham risco de doenças cardíacas”, destacou a pesquisadora do Instituto Mauá de Tecnologia Eliana Paula Ribeiro.
Nos testes o queijo de maracujá teve sabor de surpresa.

“Me lembra uma ricota, meio seco, gostei do sabor. É feito de maracujá mesmo? Verdade?”, questionou a professora Denise Marques Miguel.
“Não senti sabor de maracujá de jeito nenhum. Tem sabor de queijo minas mesmo”, disse a engenheira química Mariana Maíra Miguel.
A diversidade da natureza também ajudou no melhoramento genético do produto preferido por 10 entre 10 brasileiros. Nos campos do instituto agronômico de campinas, a busca era por uma variedade de feijão mais resistente a doenças e mais produtiva. Mas surgiu também um produto mais saudável.
“Geralmente quando comparado com outras cultivares do mercado ele tem apresentado em torno de 15% a 20% a mais de proteína do que as demais cultivares”, afirmou o
Cruzamento de outras oito variedades que nunca foram comercializadas, o feijão formoso é resultado de nove anos de pesquisa. Apresenta 10 vezes mais isoflavona, um regulador dos hormônios também encontrado na soja.
“Eu posso dizer que seria 8% da isoflavona encontrada na soja. É bastante. Porque o brasileiro tem o costume de consumir todo dia o feijão. Já a soja nem sempre é usual o brasileiro consumir”, afirmou o pesquisador do IAC Alisson Fernando Chiorato.
“O consumo do feijão formoso seria indicado para quem está na fase da menopausa, porque ele atua diminuindo a incidência de perda óssea, e atuaria também como uma reposição hormonal”, explicou a engenheira química do IAC Paula Feliciano Lima.
Estudos também relacionam a isoflavona no combate ao câncer e outras doenças.
“Quanto a pessoa deveria comer de feijão para obter os benefícios?”, perguntou o repórter.
“Nós temos uma receita assim de que seria uma concha durante o almoço e uma concha durante o jantar”, respondeu Alisson.
Essa variedade teve a primeira safra no ano passado e já pode ser encontrada em sete estados. De acordo com os pesquisadores o "formoso" faz bonito na panela e no relógio. Promete cozimento em 20 minutos. Na rotina corrida de dona de casa, Janine fez o teste.
“Eu nunca vi um feijão tão limpo, tão novinho. Só de lavar ele já solta a casca, fica mais inchadinho”, disse a dona de casa Janine Leite Carmo.
No teste mais importante, os filhos Dudu e Guilherme também aprovaram o feijão mais saudável.
“Eu gostei do tempo que ele ficou pronto gostei da consistência dele, o sabor eu sou suspeita porque fui eu que fiz, mas está aprovado”, disse Janine.
“Não sei se foi você ou foi a ciência, mas que está bom está bom”, brincou o repórter.
Tão bom que toda a equipe do Globo Repórter quis experimentar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Aprenda a preservar as propriedades nutritivas dos alimentos


Conheça os alimentos que podem auxiliar no tratamento de doenças como a diabetes.

Sabará. Nome de um tipo de fruta e da cidade mineira que é a terra da jabuticaba
“Na época eu chupo jabuticaba o dia intero. É só passar de baixo do pé, tem que pegar uma meia dúzia. É irresistível”, contou o agricultor Antônio Ferreira.
“Meu avô cada filho que nascia plantava um pé de jabuticaba , com o nome do filho”, disse a dona de casa Matilde Barbosa Carli.
É uma fruta com sabor de infância. Quem nunca roubou jabuticaba no quintal do vizinho. Ou teve dor de barriga com os excessos. Um pé centenário como esse já foi cenário de muita molecagem. É sinônimo de saudade e saúde. E em Sabará também dá frutos na economia, para as novas gerações.
Quem planta jabuticabeira no quintal, colhe desconto no IPTU. Nos fundos de casa, dona Lurdes garante 25% de abatimento no imposto.
“Quantos pés a senhora tem?”, perguntou o repórter.
“Tenho 15 pés”, respondeu dona Lurdes.
Patrimônio da cidade as jabuticabeiras só podem ser derrubadas com autorização da prefeitura. E a fruta é matéria prima para a criatividade dos produtores artesanais.
Que tal geléia de jabuticaba com pimenta?
Esse tesouro de Minas Gerais foi parar nos laboratórios da Universidade de Campinas. A casca da jabuticaba tipo Sabará foi transformada num pó e oferecida a dieta de ratos para avaliar as propriedades nutritivas.

“Resultou em uma diminuição de 50% do colesterol do sangue desses animais, uma redução de 10% da glicemia e a diminuição de 30% dos radicais livres do sangue desses animais”, afirmou o pesquisador da Unicamp Mário Maróstica.
A polpa é rica em açúcares, mas a casca tem compostos fenólicos, como as antocianinas que dão a cor escura à fruta.
“Os compostos fenólicos eles diminuem a absorção dos açúcares, e as fibras aceleram a velocidade do trato gastrointestinal, que diminui a probabilidade de você absorver os açúcares. Eles podem prevenir alguns tipos de doenças como diabetes , câncer sempre associado a um estilo de vida saudável”, completou o pesquisador.
A pesquisa foi publicada numa das mais importantes revistas cientificas americanas. A próxima etapa é avaliação no organismo do homem. Mas já é possível calcular uma receita.
“A quantidade para o ser humano de forma bem prática, de 10 a 15 jabuticabas inteiras, com a casca, por dia, que daria mais ou menos ao redor de 100 gramas”, disse Mário Maróstica.
Rica em cálcio, ferro e vitaminas B e C a jabuticaba faz bem para a pele, cabelos, circulação do sangue. E para os moradores de Sabará também ativa a memória.
Bonito é o cerrado brasileiro. Onde vive seu Clóvis, outro apaixonado pela natureza.
“Quando eu entro no cerrado eu não vejo o dia passar, eu não sinto fome. Porque toda época tem uma frutinha que você pode comer”, lembrou o empresário Clóvis José Almeida.
Neto de raizeiro, o filho do cerrado recebeu como herança o conhecimento
“O gravatá. a gente arrancava, assava ele pra problema de ulcera. tuberculosa”, contou o empresário
Nos frutos resistentes ao clima hostil do cerrado, está a mesa farta para as novas descobertas da ciência. Cagaita, mutamba, mamacadela. Nomes de frutos do Cerrado que muita gente nunca ouviu falar. Há pouco mais de 10 anos também eram desconhecidos da ciência. O poder funcional estava apenas na tradição popular. Agora os benefícios para saúde começam a ter o aval das pesquisas. As mais recentes comprovam as maravilhas da gabiroba e também do muricy.
Nos estudos da Unicamp feitos em parceira com a Universidade de Cornel nos Estados Unidos, o muricy se revelou um potente antiinflamatório.
"O grande potencial está na casca, a gente pode falar que o Cerrado brasileiro por ser pobre em chuva, explica essa proteção estar na casca”, afirmou a pesquisadora da Unicamp Luciana Malta.
Já a gabiroba mostrou um poder antioxidante dez vezes maior quando comparado com frutas consumidas nos estados unidos como amora e framboesa. A pesquisa ainda incluiu uma terceira fruta, mais difícil de ser encontrada, a guapeva.
“Nós encontramos o resveratrol, catequina e o acido ferrúlico. A presença desses compostos está relacionada com a diminuição da incidência de doenças crônico-degenerativas, como câncer, Mal de Parkinson , diabetes e doenças do coração. Eles seriam uma forma de prevenção e não de tratamento”, explicou Luciana Malta
Os extratos das frutas foram testados contra a multiplicação de células do câncer.
“As 3 apresentaram um início desse potencial anti-câncer. A fruta que mais se destacou nesse potencial anti-câncer foi a casca da fruta guapeva. Ela diminuiu principalmente a multiplicação das células do câncer de próstata e de mama”, disse a pesquisadora.
O Cerrado já foi para o palito na indústria de sorvete e pode trazer avanços na medicina. Sempre no rastro da sabedoria popular.

“Isso que a ciência está descobrindo agora eu já sabia. Isso é do tempo da minha infância”, disse Clóvis José de Almeida.
Quem sabe esteja aí a cura para a doença de Raíra. Aos 7 anos ela descobriu que tem diabetes. Precisa controlar o nível de açúcar no sangue.
“Ela tinha muita sede, não tinha disposição pra nada, só queria colo. A gente levou ela no hospital, e aí descobrirmos que era diabetes que ela tinha. Ela chega a tomar 4 a 5 vezes ao dia a insulina”, contou o agricultor Ricardo Dalbó.
O organismo da menina tem deficiência na produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que leva o açúcar dos alimentos para dentro das células.
Um estudo feito pela universidade de campinas revelou o melhor alimento para controlar o nível de açúcar no sangue: quiabo. Um vegetal completo com vitaminas, minerais, proteínas e principalmente fibras.
Nos laboratórios o fruto foi transformado num pó e incorporado na dieta para ratos diabéticos. Outro grupo comeu ração comum. Ao final de 30 dias o cardápio verde fez a diferença.
“Além da taxa de glicemia, ou seja a glicose no sangue ter diminuído bem nesses animais, também houve um efeito positivo na absorção do colesterol. Ou seja, o nível de colesterol foi menor nos animais alimentados com a dieta de quiabo justamente porque a fibra é muito importante na dieta”, afirmou a pesquisadora do ITAL Vera Sônia Nunes da Silva.
Com organismo parecido com o nosso, os ratos da dieta a base de quiabo comeram 30% menos e ficaram mais saciados com as fibras, indispensáveis para humanos diabéticos.
“Ele vai proporcionar um esvaziamento gástrico mais lento. A pessoa vai ficar mais tempo saciada, e quando chegar no intestino vai ser liberado mais rápido. E a fibra do quiabo vai diminuir a absorção de açúcar no sangue”, completou a pesquisadora.
As variedades para pesquisa foram colhidas no sítio do seu Percílio que conhece os segredos de uma boa safra.
“A gente costuma plantar ele no sábado. Porque a lua é mais fraca. Porque se plantar na minguante fica torto”, contou o agricultor Percílio Dalbó.
Mal sabia o seu Percílio que esse alimento seria tão importante para a saúde da própria neta. O que o avô da Raíra e muita gente não imagina é onde estão concentradas as fibras do quiabo. Justamente na parte que as pessoas costumam jogar fora. A baba.
A pesquisadora foi até a casa da família Dalbó, ensinar a avó de Raíra a preparar o quiabo sem perder as propriedades nutritivas.
“A maioria das pessoas pensa que a semente que dá a baba. Só que a baba está dentro da casca, a senhora quebra a casca, a senhora percebe a liberação da baba. Quanto mais você corta a casca do quiabo, mais libera essa baba. Então o ideal é o que: é cozinhar o quiabo intacto”, explicou a pesquisadora. “Deixa ferver de 3 a 5 minutos. Depois a senhora dá uma ducha de água fria imediatamente, para conservar as propriedades”, completou.
O azeite que reduz o mau colesterol é o tempero ideal. A família aprovou, mas na hora de experimentar, Raíra foi lisa como quiabo.
“É mais fácil fazer o quiabo do que convencer a Raíra a comer”, disse o repórter.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Estudos apontam que humor pode variar de acordo com a alimentação


Os alimentos têm papel decisivo no funcionamento dos neurônios. E podem até ajudar na prevenção das doenças psiquiátricas, como a depressão.

Felicidade. Existe receita? Os mais recentes estudos dizem que o humor de uma pessoa pode variar de acordo com aquilo que ela põe no prato. Os alimentos têm papel decisivo no funcionamento dos neurônios. E podem até ajudar na prevenção das doenças psiquiátricas, como a depressão. Para colocar felicidade no cardápio, basta saber quais são os ingredientes que podem mudar a cara do seu dia.
Comer até ficar triste. Se a base da alimentação tem calorias demais e nutrientes de menos. Essa tristeza pode ganhar outro significado.
Uma pesquisa da Universidade de Las Palmas na Espanha com 21 mil voluntários associa o consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras trans e saturadas com a depressão.
Aumenta em 30% a 40% o risco diz um dos responsáveis pelo estudo, o professor Miguel Gonzales da Universidade de Navarra.
Quem apresenta quadro de depressão, tem maior tendência de ser hipertenso, ter diabetes, pré-diabetes ou colesterol alto.
O professor explica que a depressão e as doenças cardiovasculares compartilham os mesmos mecanismos.
Pessoas com depressão apresentam alterações no sistema cardiovascular e uma inflamação generalizada. Os neurônios diminuem de tamanho e a comunicação entre eles fica comprometida. Faltam substâncias que protejam o cérebro. Muitas encontradas nos alimentos.
“Pessoas que estão comendo muito esses tipos de gorduras, talvez estejam mais vulneráveis a depressão. São pessoas que não se cuidam, são pessoas que comem as junkie foods, as comidas porcarias”, afirmou o psiquiatra Kalil Duailibi.
“Eu consumia muita fritura, muita massa, muito carboidrato, eu cheguei a engordar 15 quilos”, contou a dona de casa Denise Sallum.
O peso emocional, Denise não conseguiu suportar. Há cinco anos ela teve depressão e síndrome do pânico depois de passar pela fase mais terrível da vida.
“A perda de entes queridos, a separação dos meus pais, e culminou com três assaltos que nós sofremos em São Paulo. Eram choros constantes, era um mal estar constante, um sono muito forte, uma vontade de ficar deitada o tempo inteiro, de não fazer nada. Era uma sensação muito ruim”, lembrou Denise.
O início do tratamento foi a base de remédios. Mas a manutenção é com a mudança na alimentação orientada por um nutricionista.
“As torradas, os pães, não eram integrais passaram a ser integrais. Os biscoitos recheados foram substituídos por cookies saudáveis com castanhas, introduzimos a kinua em flocos, a linhaça, o gergelim”, contou Denise.
Os estudos comprovam: a receita para prevenir a depressão passa por alimentos que tenham triptofano. Essa substância aumenta a produção dos neurotransmissores, responsáveis em levar impulsos nervosos ao cérebro. Entre eles está a "serotonina", o elixir do bom humor.
“Esses alimentos como a banana, o abacate , o grão de bico e a lentilha, eles são extremamente importantes em dois níveis, um no estímulo direto de serotonina e no estimulo também dos fatores protetores dos neurônios. Com esses alimentos você consegue uma boa ação protetora contra a depressão”, afirmou Kalil.
Como é rico em gordura, a recomendação é de apenas um quarto de abacate por dia. Já a banana deve ser prata ou nanica. A lentilha e o grão de bico ainda tem fibras, ajudam no funcionamento do intestino.
Outro guardião dos neurônios é o selênio. Encontrado nas oleaginosas como nozes e castanhas. A proteção para o cérebro fica completa com azeite de oliva e frutas.
“Seria indicado que as pessoas pudessem comer frutas vermelhas principalmente, que já tivessem antocianinas. Onde se existe isso? Em cerejas, em framboesas, então seria muito interessante a amora. O açaí também tem uma quantidade de antocianinas”, disse Kalil.
Denise tem dois filhos adolescentes e uma menina de 7 anos. Por orientação da nutricionista, estendeu a mudança na alimentação para toda a família.
“É como se fosse uma prevenção, de que eles também pudessem ficar ansiosos, depressivos, é uma tentativa de mãe de prevenir meus filhos”, contou Denise.
A intuição de mãe está em compasso com outra descoberta da ciência. Quando os neurônios são fortalecidos desde cedo a chance de desenvolver a depressão diminui.
“Eu aconselharia pais cujos filhos tivessem alguma propensão a ter depressão que pudesse na alimentação incluir peixes, tipo salmão, atum gordo, sardinhas, são alimentos que são mais ricos em Omega 3 , que deveriam fazer parte quatro vezes por semana por exemplo dos pratos. Pelo menos uma castanha do Pará e pelo menos duas nozes ao dia, na alimentação dessas crianças.
Bom humor no prato. Brócolis e verduras verde-escuras têm ácido fólico e atuam como antidepressivos naturais. O potássio da batata diminui a sensação de cansaço. Laranja auxilia no combate ao stress. E cereais ricos em fibras como aveia, se tornaram a fonte de energia de Denise.
O exemplo dos pais é fundamental para as escolhas felizes.
“Os mais velhos ainda têm um pouco de resistência a introdução de alimentos saudáveis”, disse Denise.
“Um refrigerante, um hamburguer agora também ia bem. Faz falta”, explicou Gustavo Sallum, de 17 anos.
“Eu me esforço mais que ele, mas sinto falta também”, contou Gabriel Sallum, de 15 anos.
No cardápio da felicidade só não pode faltar um ingrediente. O carinho da família.

domingo, 8 de julho de 2012

Saiba as melhores combinações para uma alimentação saudável


Edição do dia 06/07/2012
06/07/2012 22h46 - Atualizado em 06/07/2012 23h06


Quando o assunto é alimentação é preciso fazer a escolha certa. E algumas combinações têm as vitaminas, proteínas e minerais que o corpo precisa.

Em meio a tantas opções de alimentos, qual seria a combinação mais saudável? Casamento perfeito, quem não sonha com isso? Uma relação onde um completa o outro. Quando o assunto é alimentação também é preciso fazer a escolha certa. E algumas combinações têm as vitaminas, proteínas e minerais que o corpo precisa. Enfim, casam muito bem. Na saúde ou na doença.
Três décadas juntos. E para uma relação ainda mais duradoura Wilson e Rosana caminham no mesmo rumo: qualidade de vida.
Mais movimento para o corpo. E mais cuidado com a alimentação.
A equipe do Globo Repórter foi participar do café da manhã de Wilson e Rosana.
“O meu café da manhã, por exemplo, tem um pãozinho francês, um cafezinho, mas o do Wilson e da Rosana é bem diferente do tradicional. A gente tem um kit saúde. Temos nozes, castanha do Pará, castanha de caju, pistache, tem também ameixa e damasco”, revelou o repórter Paulo Gonçalves. “Por que um café da manhã Wilson?”, perguntou.
“Eu tenho problema de colesterol, problema de triglicérides no fígado, e percebi que ao fazer essa mudança com esse kit mais saudável, melhorou muito a disposição do organismo, as defesas, abaixou o colesterol, abaixou o triglicérides”, explicou o consultor de empresa Wilson Rabelo Souza.
O kit colesterol foi uma receita médica, com base nas propriedades de cada alimento. A castanha do Pará tem proteínas e minerais como o selênio. Reduz o colesterol, protege o cérebro e previne tumores.
A castanha de caju tem Omega 6, bom para pele e cabelos. As nozes têm minerais como fósforo e potássio. E ácidos graxos: fazem bem para a circulação do sangue.
“Foi feito trabalho em Harvard com 38 mil mulheres, que utilizaram uma unidade por dia. Depois de um período de 10 anos, esse grupo teve uma redução de quase 40% de doenças cardiovasculares”, afirmou o nutrólogo da Unicamp Edson Credidio.
O pistache tem vitamina B6, ajuda na formação da "serotonina" o hormônio do bom humor. E também é rico em minerais como cálcio dos ossos.
“Ele reduz o colesterol e o triglicérides”, acrescentou Edson Credidio.
Damasco ou ameixa seca fecham o kit. As frutas desidratadas têm vitaminas e fibras para o funcionamento do intestino. Com essa receita diária há cinco anos, Wilson trocou remédios por alimentos.
“Quantos comprimidos você tomava por dia?”, perguntou o repórter.
“Dois comprimidos. Um para colesterol e outro para triglicérides. E um para pressão. Agora nenhum. Quando eu tenho crise, por eu ter gordura no fígado, Mal de Gilbert, aí sim eu tomo remédio para baixar o colesterol e o triglicérides. Mas depois que baixou, sigo com a alimentação”, contou Wilson.
Então anote aí a combinação de saúde.
“É uma castanha do Pará, uma nozes, no caso são duas porque ela é quebrada, aí vem 2 castanhas de caju, uns 4 pistache e 1 damasco”.
“A ameixa eu coloco como optativo. Porque se você soma, tudo isso é calórico. Com esse kit saúde, eu percebi que eu não senti um monte de sintomas que as mulheres ao chegarem na menopausa sentem. Então eu, por exemplo, não faço reposição hormonal, é só na alimentação”, afirmou a pedagoga Rosana Castro Souza.
Para ganhar mais saúde, o casal incorporou outras opções no cardápio como pão integral, leite desnatado e linhaça. Mudanças na mesa e na vida.

“Nós temos mais disposição para ir ao trabalho, sair, passear, você vê pessoas, vê paisagens”, disse Wilson.
“Até pra namorar”, acrescentou Rosana.
“Oxigena o casamento. Oxigena a vida”, completou Wilson.
Nem tudo são flores no casamento de Fernando e Silmara.
"Eu falo uma coisa, se eu vejo que ela já vem com sete pedras na mão já nem fico falando muita coisa. Faço o que tem que fazer e vou dormir", revelou o motorista de caminhão Fernando Caetano.
“O que tira ela do sério Fernando?”, perguntou o repórter.

“É chegar e a comida não estar pronta”, respondeu Fernando.
Manda quem pode. Obedece quem é marido. Principalmente naqueles dias.
“A gente já brigou muito. Eu tenho vontade de bater, eu choro muito. Uma situação extrema. Nesses dias eu fico muito insuportável. Até eu não me suporto”, contou a supervisora de vendas Silmara Caetano.
No trabalho a harmonia tem prazo de validade. Quando chega a TPM, o tom é diferente.
“Ela já chega mal humorada. o bom dia dela não é um bom dia”, lembrou a vendedora Marcela Wurmeistir.
“Ou eu explodo e xingo ou eu choro”, disse Silmara.
“A gente pensa pra falar com ela senão toma aquela patada logo de manhã”, contou o vendedor Reginaldo Campos.
Chefe de uma equipe de vendas ela convive com metas, cobranças e a Tensão Pré-Menstrual. Um problema que também afeta os nervos de gente mais jovem como Janaína.
“Eu acho que eu exagero. Quando eu falo um pouco mais alto, respondo de um jeito que não precisava, e é realmente pelo período”, disse a jornalista Janaína Nascimento.
“A gente não chega a brigar, mas que ela dá umas respostas bem atravessadas, ela dá”, lembrou a também jornalista Carolina Pimentel Frau.
A irritação, os homens conhecem. Mas elas sofrem mais que isso.
“Sinto uma dor de cabeça muito forte, uma dor na coluna, na lombar”, contou Janaína.
“Dor de cabeça, dor nas pernas e muito cansaço”, disse Silmara.
Durante a tempestade hormonal provocada nesse período alguns nutrientes fazem falta como vitaminas, aminoácidos e minerais. Por isso, o nutrólogo da Unicamp desenvolveu um cardápio específico para os efeitos da TPM.
“O ideal é fazer uma alimentação que supra, que substitua tudo que está faltando no organismo. Começando com o brócolis, que tem o princípio ativo que aumenta a resistência imunológica. A beterraba tem o betacaroteno, que auxilia também nos sintomas da tensão pré-menstrual. O grão de bico tem alto teor de "triptofano". Ele age como precursor da serotonina que é o hormônio responsável por todos os sintomas emocionais da TPM. Nervosismo, irritabilidade, fadiga”, afirmou Edson Credidio.
“Toda folha é rica em complexo B. No caso da TPM é necessário complexo B, porque a falta de B6 leva a uma série de sintomas inclusive as dores nos seios. O arroz integral, além de ter as vitaminas e os minerais, ele tem alto teor de fibra. O que faz com que evite também o inchaço que é muito comum as mulheres nessa fase de tensão pré-menstrual”, completou o nutrólogo.
A combinação fica completa com peixes. De preferência o salmão ou a sardinha. Ricos em Omega 3, melhoram a circulação sanguínea e ajudam a manter o equilíbrio dos hormônios, reduzindo os efeitos indesejáveis da tensão pré-menstrual.

Durante 20 dias Silmara e Janaína seguiram uma dieta anti-TPM, com opções para todas as refeições do dia.
“Como está o seu café da manhã, está de acordo com o que ele pediu?”, perguntou o repórter.
“Está de acordo, eu mudei algumas coisas, a fruta que era a maça, ele falou que poderia comer um mamão. O pão integral que ele falou, pediu para colocar o queijo branco, ou requeijão com a linhaça. E o leite com o achocolatado porque eu não gosto do café”, contou Janaína.
“Peixe é difícil eu comer. De vez em quando eu como. Acho que dá para seguir essa dieta. Não é ruim não”, disse Silmara.
Durante três semanas elas seguiram o cardápio anti-TPM e, ao final, revelaram que perceberam muitas mudanças. As dores e até mesmo o stress diminuíram.
Feitos um para o outro.
“Arroz com feijão é uma mistura ideal, pois traz proteínas essenciais para o nosso organismo”, afirmou a nutricionista Alessandra Missio.

A combinação também fortalece os dentes. E o segredo é preparar os alimentos com água da torneira nos municípios que aplicam o flúor.
Durante o preparo o arroz e o feijão absorvem o flúor presente na água.
Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia da Unicamp em Piracicaba revela que durante a mastigação desses alimentos a quantidade de flúor liberada na saliva aumenta dez vezes e depois o flúor ainda é absorvido pelo organismo, vai para a corrente sanguínea e retorna à boca.
“Quando você bebe a água você ingere e vai direto para o estômago, então na boca não aumenta a concentração. Agora o arroz com feijão você está mastigando, nesse período que você está mastigando para triturar o alimento para ser absorvido, é que a concentração aumenta, e fica muito maior que a água que você bebe”, afirmou o professor Jaime Aparecido Cury, da Unicamp.
Os estudos mostram que o ser humano produz até um litro de saliva por dia. E o flúor presente na boca fica até 12 horas nos dentes. Um forte aliado na prevenção de carie.
A pesquisa envolveu crianças entre 4 e 5 anos de uma escola. Quase metade do flúor presente no organismo dos pequenos veio dos alimentos
As descobertas da ciência não mudaram a rotina depois da merenda.

“Pra você evitar totalmente cárie dental, é obvio que você precisa escovar os dentes. O que o flúor faz é compensar as deficiências da escovação das pessoas com o seu efeito anticárie”, explicou Jaime Aparecido Cury.
Combinação perfeita, sorriso garantido.o 

Comidinhas da Juju: GUARAQUEÇABA!!Pois é passei uma semana fora,uma...

Comidinhas da Juju: GUARAQUEÇABA!! Pois é passei uma semana fora,uma...: GUARAQUEÇABA!! Pois é passei uma semana fora,uma semana inesquecível na bela e singela Guaraqueçaba ,saimos daqui no dia 18/06,com o obj...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ações da FMO mobilizam crianças, merendeiras e comunidade em Guaraqueçaba


































A Semana de Saúde e Alimentação, promovida pela Fundação Mokiti Okada (FMO), em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná, nos dias 20 a 22 de junho, mobilizou crianças, merendeiras, professores, funcionários municipais e comunidade.

A coordenadora do setor de saúde, Eny Márcia Ruggerini, falou sobre "Criança saudável - criança feliz" e "O segredo do rejuvenescimento". A nutricionista Thaís Yumi Kogachi e as culinaristas Vilma Ávila Galasso e Jussara Siqueira realizaram as oficinas de: Saber e Sabor, Soja e Pães integrais e procuraram trabalhar mais com produtos da região como mandioca e banana, e ensinaram os participantes a produzir receitas com biomassa de banana e brigadeiro de mandioca, dentre outras. 

Na Escola Municipal Antonio Barbosa Pinto ocorreu a homenagem a uma professora que foi protagonista de uma história publicada na revista Planeta Azul, a apresentação de uma peça de teatro escrita pelos alunos, a presença da Cia. Artística Semeando Encanto com atividades socioambientais e a degustação de lanche saudável produzido pelo grupo da Fundação com os alunos. 

"As oficinas foram importantes porque a maioria das nossas merendeiras tem dificuldade na preparação dos produtos alimentícios que vêm para os lanches dos alunos. Com esse treinamento, aprendemos a preparar pratos com produtos da região. Precisamos resgatar nossa cultura de consumir o que é produzido no local", contou a nutricionista da Secretaria Municipal de Educação, Gisele da Veiga França.

Segundo Eny, a atividade foi um sucesso e bem recebida pelas merendeiras, coordenadoras das secretarias de educação e saúde, nutricionistas e funcionárias do hospital local. "As participantes enfatizaram que o resultado positivo de evento foi porque a equipe levou informações sobre alimentação saudável com a utilização de produtos da própria região, baseando tudo no bom senso, gratidão, carinho ao elaborar as receitas, sem radicalismo", explica ela.

Para a nutricionista da FMO, "toda a atividade foi muito gratificante e especial. Nosso sentimento foi de levar Mokiti Okada por meio da nossa postura e das oficinas. As pessoas participaram, esclareceram suas dúvidas e colocaram a mão na massa". 

"Senti imensa emoção e gratidão ao levar aquilo que sei fazer de melhor, que é ensinar a cozinhar, mostrando às pessoas que o ingrediente pessoal na preparação do alimento é o amor e o carinho. Nós não só ensinamos como também aprendemos", declarou a culinarista, Jussara. Para Vilma, "As pessoas foram participativas e interessadas. Senti muita alegria e gratidão no olhar delas".

A primeira-dama de Guaraqueçaba, Jucéia Costa de Arruda, declarou ter ficado muito contente com a Semana de Saúde e Alimentação porque trouxe experiências novas que ajudaram no aprimoramento de todos.

Prêmio Cultura e Saúde

A realização dessa atividade foi possível graças ao prêmio concedido pela Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, denominado Prêmio Cultura e Saúde. 



Fonte: Assessoria de Imprensa
Fundação Mokiti Okada
Jornalista: Rosana Cavalcanti
MTB - 3142/11/191 - PR